Entre a multidão, encontravam-se muitos fiéis originários de países asiáticos, famílias com crianças e religiosos que se deslocaram ali para assistir à celebração desta manhã no maior recinto desportivo do país, situado em Riffa.

Chegado na quinta-feira a este Estado insular de 1,4 milhões de habitantes, para uma visita de quatro dias, o Papa, com 85 anos, proferiu uma homilia em espanhol.

“Estamos aqui desde a uma da manhã, não dormimos. Estamos muito entusiasmados com a ideia de vermos o Papa!”, disse à AFP Philomina Abranches, uma voluntária indiana de 46 anos, no Bahrein.

“Toda a gente veio ver o Papa ! É o sonho de toda uma vida”, afirmou, acrescentando que o líder da igreja católica representa “toda a paz no mundo”.

Cada participante recebeu um saco de plástico com um boné branco, com o logotipo da viagem, uma bandeira do Vaticano em papel e uma garrafa de água.

Marguerite Heida, 63 anos, manifestou-se “encantada” por assistir ao “maior evento do ano”.

“As pessoas vão, geralmente, a Itália para verem o Papa e nem sempre conseguem. Eu vi-o ontem [sexta-feira] na igreja e hoje vou voltar a ver. Também pude apertar a sua mão e receber a sua benção”, confessou.

No altar, uma imponente cruz em ouro dominou o cenário, enquadrado por dois ecrãs gigantes, bem como por colunas de som que difundiam cânticos religiosos.

O Papa apelou para “a fraternidade universal concretamente viva” numa terra que considerou “uma imagem viva do convívio das diversidades”.

O Bahrein, que formalizou relações diplomáticas com a Santa Sé em 2000, conta com cerca de 80.000 católicos, segundo o Vaticano, principalmente trabalhadores asiáticos.

Esta visita, a 39ª do Papa ao exterior desde a eleição, em 2013, e a segunda na Península Arábica, deve continuar até domingo.