Neste primeiro dia da iniciativa, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, participa, ao início da tarde, no refeitório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, num plenário de trabalhadores do setor da alimentação, onde será feita uma reflexão sobre a área das cantinas e refeitórios, nomeadamente sobre os salários deste setor, maioritariamente composto por mulheres.
Estão agendados para esta semana plenários, debates e reuniões com trabalhadores e distribuição de documentos alusivos ao tema em empresas do Continente e Regiões Autónomas.
Para dia 08, dia da Mulher, estão previstas iniciativas públicas e ações de rua na maioria dos distritos do país, entre as quais cordões humanos, marchas, concentrações e tribunas públicas.
Segundo a Intersindical, as mulheres trabalhadoras estão cada vez mais sujeitas à desregulação da sua vida laboral, com horários longos, adaptabilidades, bancos de horas, horários concentrados, laboração contínua, com implicações negativas na organização da sua vida pessoal e familiar e na sua saúde.
Cerca de 915 mil mulheres trabalham ao sábado, mais de 538 mil trabalham ao domingo, 382 mil trabalham por turnos e 162 mil à noite, o que lhes dificulta a conciliação do trabalho com a família, referiu a CGTP num documento de análise.
No mesmo documento, a Inter alertou para as consequências da intensificação dos ritmos de trabalho e dos longos horários para a saúde.
“As mulheres trabalhadoras continuam a ser as mais afetadas pelas doenças profissionais que, segundo a OIT, matam seis vezes mais trabalhadores a nível mundial que os acidentes de trabalho e deixam incapacitados milhares de trabalhadores”, salientou.
Em Portugal as mulheres trabalhadoras representam 70% do total de casos de doenças profissionais certificada e a maioria das incapacidades resulta de lesões músculo-esqueléticas.
Além de continuarem a ganhar menos que os homens e ocuparem a maioria dos empregos precários, as mulheres são também as principais vítimas de assédio patronal.
Segundo a CGTP, mais de 850 mil trabalhadores já foram vítimas de perseguição e assédio no emprego e cerca de 650 mil foram vítimas de assédio sexual, sendo que 6,1% eram mulheres e 3,4% eram homens.
Estes são, entre outros, temas a abordar pela CGTP-IN na Semana da Igualdade.
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