“Hoje temos uma reunião marcada da OEA [Organização dos Estados Americanos] e temos que intensificar a pressão internacional para que o Governo venezuelano possa se abrir a um entendimento. As coisas estão muito fechadas”, disse.

Quanto à convocação pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de uma Assembleia Constituinte, o ministro das Relações salientou que “o Governo [Nicolás] Maduro com esta ideia de se fazer uma nova Constituinte bloqueou qualquer possibilidade de se fazer uma negociação”.

“Penso que além da luta interna das forças democráticas da Venezuela, uma pressão internacional ajudará a encontrar uma saída positiva da crise”, acrescentou.

O ministro brasileiro tem sido uma das vozes mais críticas da América do Sul ao comentar as decisões tomadas pelo Governo da Venezuela.

Na passada terça-feira repudiou publicamente a convocação de uma nova Constituinte na Venezuela na sua conta na rede social Facebook.

“Qualifico como um golpe a proposta do Presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte na Venezuela. É mais um momento de rutura da ordem democrática, contrariando a própria Constituição do país”, escreveu Aloysio Nunes.

O governante brasileiro destacou ainda que “a Constituinte não é uma Constituinte como foi feito no Brasil, na qual todos os brasileiros votaram e elegeram seus representantes”.

“Na Venezuela, quem os vai eleger são organizações sociais controladas pelo Presidente Maduro para fazer uma Constituição de acordo com o que ele quer”, escreveu ainda.

Na segunda-feira, o Presidente Nicolás Maduro convocou os cidadãos de seu país para elegerem uma Assembleia Nacional Constituinte cidadã, para preservar a paz e a estabilidade da República.

Em resposta a esta proposta, a coligação da oposição venezuelana Mesa de Unidade Democrática pediu à população para contestar a proposta na rua, manifestando-se nas principais cidades do país.

As marchas a favor e contra o Presidente venezuelano, intensificaram-se há um mês e, segundo dados oficiais, 28 pessoas morreram.

Fontes não oficiais elevam para 36 o número de mortos em manifestações, nas quais mais de 500 pessoas ficaram feridas e mais de 1.300 foram detidas.

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