Assim que foi conhecido o desfecho das eleições presidenciais norte-americanas, a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini, convidou os 28 chefes de diplomacia, entre os quais o ministro português Augusto Santos Silva, a deslocarem-se a Bruxelas um dia antes do Conselho agendado para segunda-feira, de modo a discutirem num jantar de trabalho informal as futuras relações com Washington.
O surpreendente triunfo de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos suscita algumas inquietações no seio da UE, face a diversas posições polémicas assumidas pelo candidato republicano durante a campanha eleitoral, tendo Mogherini afirmado na quarta-feira de manhã que “os laços entre UE e EUA são mais fortes que qualquer mudança política”, enquanto os presidentes da Comissão, Jean-Claude Juncker, e do Conselho, Donald Tusk, na mensagem de felicitações enviada a Trump, convidaram-no a deslocar-se em breve a Bruxelas para uma cimeira UE-EUA.
O jantar informal terá lugar no “quartel-general” do Serviço Europeu de Ação Externa, em Bruxelas, não estando previstas declarações à imprensa, reservadas para segunda-feira de manhã, à entrada para o Conselho de Negócios Estrangeiros, que inclui uma sessão conjunta com os ministros da Defesa da UE, entre os quais Azeredo Lopes.
No Conselho de Negócios Estrangeiros, os 28 discutirão, entre outros assuntos, a situação na Turquia, designadamente os últimos desenvolvimentos no país, seguidos com muita apreensão em Bruxelas.
Na passada terça-feira, Mogherini, em nome dos 28 Estados-membros da UE, condenou os recentes recuos na democracia na Turquia, nomeadamente a intenção de reintroduzir a pena de morte e as limitações à liberdade de expressão, e disse estar a acompanhar “com grande inquietude” os recentes desenvolvimentos na Turquia.
Na segunda-feira à tarde, o Conselho reúne em sessão conjunta com os Ministros da Defesa para um debate sobre a implementação da Estratégia Global da UE, em particular no domínio da segurança e defesa, para definir prioridades de ação concretas.
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