"Eu, como muitos portugueses, andava desiludido com a política" e "o dr. André Ventura apareceu a dizer aquilo que sentíamos e é uma voz com que me identifico", afirmou à agência Lusa o antigo autarca, à margem da II Convenção do Chega, que decorre em Évora.
Luís Caldeirinha Roma (na fotografia à esquerda de António José Seguro, em 2012) foi presidente da Câmara de Vila Viçosa, no distrito de Évora, entre 2009 e 2013, eleito como independente pelo PS, e mandatário distrital da candidatura Cavaco Silva à Presidência da República, nas eleições de 2011.
Para o ex-presidente da Câmara de Vila Viçosa, o líder do Chega, André Ventura, "acabou por dar um sinal de que não é só assim que se faz" política e que "há outra maneira de fazer e até melhor".
"Deu esta esperança, a nós que estávamos resignados e desiludidos", realçou.
A participar na II Convenção do Chega como convidado, Luís Caldeirinha Roma admitiu estar a ponderar passar a ser militante, mas recusou "qualquer interesse" por lugares, por se encontrar "reformado da política".
Também Cláudia Gonçalves, de Loulé, Algarve, antiga dirigente de PSD e do Aliança, participa na Convenção Chega como convidada e, tal como Caldeirinha Roma, disse ter ficado "chateada com a política".
"Mas fui desafiada [para o Chega] e senti que devia dar mais um bocadinho de mim, porque estou ligada à área social e sou uma pessoa de causas", sublinhou, admitindo que "às vezes não concorda com tudo".
"Não temos de concordar com tudo, temos é de ter ideias e de as levar a bom porto", acrescentou.
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