A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) confirmou na quinta-feira que o Brasil pode voltar a exportar para o mercado chinês carne bovina sem osso de animais com menos de 30 meses.
De acordo com um comunicado, a GACC concluiu, “após uma avaliação”, que “o sistema brasileiro de prevenção e controlo da doença das ‘vacas loucas’ cumpre os regulamentos chineses”.
As importações de carne bovina produzida no Brasil para a China estavam suspensas desde fevereiro após a confirmação de um caso isolado e atípico de encefalopatia espongiforme bovina (conhecida como doença das “vacas loucas”), identificado numa pequena propriedade no município de Marabá, no estado do Pará.
Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária brasileiro garantiu estar a trabalhar com transparência para tomar todas as providências necessárias conforme o protocolo de importação internacional.
Na ocorrência da doença num animal do Pará, laboratórios internacionais identificaram que o caso era atípico e resultado do envelhecimento natural do animal.
A GACC sublinhou que, antes de levantar o embargo, “conduziu várias rondas de discussão técnicas com o lado brasileiro e reuniu peritos para avaliar o risco” do sistema brasileiro de prevenção e controlo da doença das “vacas loucas”.
O anúncio surgiu pouco depois de uma reunião entre o diretor da alfândega chinesa, Yu Jianhua, e o ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, em Pequim.
Após o encontro, Fávaro já tinha dito que a China iria levantar o embargo à carne bovina brasileira, de acordo com um comunicado publicado pelo Ministério da Agricultura do Brasil.
“Tenho a certeza de que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com a aprovação de fábricas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse Fávaro.
O encontro serviu como preparação para a visita de Estado que o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fará à China entre 26 e 30 de março.
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