“O Viseu Entrega tinha funcionado nos três fins de semana em que os munícipes não podiam sair de casa a partir das 13:00 de sábado. Agora, funcionará sete dias por semana, ao almoço e ao jantar, enquanto durar o confinamento”, explicou Almeida Henriques à agência Lusa.

Nesses três fins de semana, foram feitas perto de 800 entregas de refeições, tendo a Câmara de Viseu pago dez mil euros aos taxistas pelo serviço.

“Estimo que este apoio possa custar perto de 40 mil euros. Mas é um apoio direto que damos aos restaurantes, aos taxistas e às famílias que estão confinadas em casa”, justificou.

O Viseu Entrega funciona através de uma plataforma em que estão os restaurantes do concelho que aderiram à iniciativa.

Almeida Henriques disse que também a linha de emergência social Viseu Ajuda, que tem como objetivo auxiliar na resposta a bens e serviços básicos e urgentes, voltará a funcionar sete dias por semana.

Depois do confinamento, esta linha passou a funcionar cinco dias por semana, dentro do horário de expediente.

“Agora, volta outra vez a um regime de exceção, com todos os serviços que tínhamos criado, desde apoio social, alimentar e medicamentoso, a ir buscar compras ao supermercado, até pequenas reparações”, afirmou o autarca, acrescentando que também será dado apoio psicológico.

Segundo Almeida Henriques, também se espera que, através do Viseu Compra, as 38 lojas participantes “consigam continuar a faturar pela venda à distância”.

A autarquia decidiu ainda manter aberta a ecopista e os parques destinados ao exercício físico individual e o mercado municipal.

Já a feira semanal, que se realiza às terças-feiras, “vai ser aberta só para produtos alimentares”, explicou.

Os cemitérios serão encerrados e, no âmbito do desporto e cultura, serão mantidas atividades pela via digital, acrescentou.

Almeida Henriques disse que, até ao final de setembro de 2020, o concelho de Viseu tinha registado 300 casos de covid-19, dois óbitos e estavam onze pessoas internadas no hospital, nenhuma das quais nos Cuidados Intensivos.

“Três meses e meio depois, temos 3.509 casos no concelho, 52 óbitos, 175 internados, 11 nos Cuidados Intensivos. Isto reflete bem a forma como a pandemia evoluiu no concelho”, frisou.

O autarca referiu que, desde quarta-feira, o Pavilhão do Fontelo – que acolhe uma unidade de retaguarda que poderá ser acionada caso o hospital esgote a sua capacidade - já tem as necessárias condições de climatização e se encontra à disposição da Proteção Civil Distrital.

Como sinal positivo, aponta o facto de, na segunda-feira, arrancar a vacinação nos lares do concelho, ficando de fora sete dos 53, “porque ainda têm surtos ativos”.

“Estão três motoristas e carros do município ao serviço da autoridade de saúde. Um dos motoristas é o meu. É uma forma de dar um sinal da urgência”, realçou Almeida Henriques.

A autarquia ativou o plano municipal de emergência e manterá a funcionar todos os serviços essenciais, como água, saneamento e limpeza. Os atendimentos passarão a ser à distância ou por marcação.

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