No domingo tinham sido contabilizados 54.990 casos e 454 mortes.

Nos últimos dias a média diária de casos aumentou 50% e a de mortes 21% comparando com os sete dias anteriores.

Desde o início da pandemia foram contabilizados 2.713.563 casos de contágio e 75.431 mortes de pessoas infetadas no Reino Unido.

O primeiro-ministro britânico vai anunciar hoje à noite novas medidas para conter a pandemia de covid-19 e o Parlamento foi convocado para se reunir extraordinariamente na quarta-feira, sugerindo que poderá ser decretado um novo confinamento nacional.

A comunicação televisiva de Boris Johnson está prevista para hoje às 20:00 (mesma hora em Lisboa).

Os deputados, que só deveriam voltar do recesso na segunda-feira, 11 de janeiro, têm de ser consultados para aprovar novas medidas a nível nacional.

Devido ao agravamento da situação epidémica, o governo britânico já tinha determinado um recomeço faseado das aulas em Inglaterra, mas tem estado sob pressão de sindicatos de professores para manter as escolas fechadas por questões de segurança.

Quase 80% da população já se encontra atualmente no Nível 4, o mais elevado de uma escala de restrições que determina que o encerramento do comércio não essencial e recomenda que as pessoas fiquem em casa, mas prevê o funcionamento de escolas e universidades.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, disse hoje à BBC que o encerramento das escolas “é inevitável” e que o primeiro-ministro deve acelerar o programa de vacinação e assumir uma meta de quatro milhões de vacinas por semana até fevereiro.

“O vírus está fora de controlo. O sistema de níveis [de restrições] claramente não está a funcionar e todos nós sabemos que são necessárias medidas mais rígidas. (…) Se vamos pedir ao povo britânico que se sujeite a restrições nacionais duras – e pedimos porque isso precisa de acontecer imediatamente -, então o contrato precisa ser que o programa de vacinas avance o mais rápido possível”, defendeu Starmer.

Starmer quer que comecem a ser administradas duas milhões de doses por semana em janeiro e o dobro em fevereiro.

O Reino Unido começou hoje a administrar uma segunda vacina contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e Universidade de Oxford, arrancando com 520 mil doses de 100 milhões encomendadas.

Esta vacina é menos cara e mais fácil de armazenar e transportar, pelo que poderá facilitar campanhas de imunização em larga escala, ao contrário das concorrentes Moderna e Pfizer/BioNTech, que precisam de ser guardadas em temperaturas muito baixas.

O lançamento desta vacina “é um ponto de viragem na nossa luta contra este horrível vírus”, saudou o ministro da Saúde, Matt Hancock.

A vacina Pfizer-BioNTech, a primeira vacina a ser aprovada para uso no Reino Unido, já foi injetada em mais de um milhão de habitantes desde o início de dezembro, mas não é certo quando estarão disponíveis todas as 40 milhões de doses encomendadas.

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