“Dois dos tripulantes portugueses do Diamond Princess tiveram de ser hospitalizados, no Japão, por indícios relacionados com o novo coronavírus. Ambos dispõem dos cuidados médicos necessários e são apoiados pela embaixada portuguesa em Tóquio”, disse numa resposta escrita à Lusa fonte oficial do MNE.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que um dos portugueses é Adriano Maranhão e o segundo infetado “não quer ser identificado” e pediu que a “sua situação seja mantida privada”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou hoje que havia um segundo caso nas mesmas circunstâncias que as do português infetado pelo novo coronavírus.

“Há um reduzido número de portugueses que, por sua vontade, permaneceram e permanecem na cidade chinesa de Wuhan e a informação que tenho é que todos se encontram bem. Há um cidadão português internado num hospital no Japão que é tripulante de um navio de cruzeiro e que está a receber tratamento, há outro cidadão português nas mesmas circunstâncias, três tripulantes portugueses que ainda estão a bordo desse navio de cruzeiro e todos eles têm sido submetidos a testes que têm dado sempre resultados negativos”, afirmou.

O chefe de diplomacia portuguesa falava aos jornalistas, à margem da sessão de encerramento do ciclo de conferências “NATO aos 70: Passado e Futuro”, em Lisboa.

O ministério adiantou, entretanto, que este segundo caso “ainda se encontra em observação hospitalar”.

Augusto Santos Silva confirmou também que todos portugueses retidos no Irão contactaram a embaixada portuguesa em Teerão e “têm assegurado o seu regresso antecipado” a Portugal, sem adiantar quais as datas para o regresso destas pessoas.

A TSF noticiou que um grupo de turistas portugueses que está no Irão viu o seu voo de regresso, marcado para a próxima segunda-feira, ser cancelado devido ao surto do novo coronavírus e temia ficar retido no país.

Segundo a estação de rádio, só na cidade de Isfahan estariam pelo menos oito pessoas nesta situação.

Várias companhias aéreas deixaram de voar para o Irão devido ao elevado número de casos do Covid-19 neste país.

“A informação que tenho da embaixada em Teerão é que todos esses planos antecipados de regresso estão garantidos”, vincou o governante.

Questionado sobre se estes portugueses vão estar em quarentena quando chegarem ao país, o chefe da diplomacia referiu que “as pessoas têm as recomendações das autoridades médicas para agir se se verificarem” sintomas relacionados com a infeção pelo novo coronavírus ou se tiverem estado em contacto com pessoas contagiadas.

“No que compete ao Ministério dos Negócios Estrangeiros tratava-se apenas de apoiar esses concidadãos que nos pediram ajuda no sentido de antecipar o seu regresso a Portugal e isso foi feito”, acrescentou Santos Silva.

(Artigo atualizado às 22:48)