Poulsen considera que a situação é grave, avisando que a possibilidade de ataques a países da Aliança Atlântica por parte da Rússia é real.

“Anteriormente, não se presumia que isso pudesse acontecer. Agora tudo mudou completamente”, reconheceu o ministro da Defesa da Dinamarca.

Poulsen lembrou que no passado se falava apenas da vontade de Moscovo realizar estes ataques, mas agora já se discute a capacidade que Moscovo terá para ser efetivo e rápido nesse desígnio.

“A Dinamarca deve estar preparada para estes desenvolvimentos”, acrescentou o ministro, aconselhando outros países a ter o mesmo cuidado, nomeadamente reforçando os seus mecanismos de defesa aérea.

As declarações do ministro da Defesa dinamarquês acontecem na semana em que o Presidente russo, Vladimir Putin, deu uma entrevista ao apresentador norte-americano Tucker Carlson, em que explicou que não tem intenções de atingir países ocidentais, dizendo mesmo que apenas invadiria a Polónia se esta atacasse a Rússia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.