Na altura, os dois estavam na Polónia para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, organizadas pela cidade de Cracóvia, e onde participou o papa Francisco.
De acordo com a agência de notícias France Press, Rui Manuel F. e João L., com 17 anos, foram apanhados no dia 28 de julho do ano passado a gravar os respetivos nomes, a data e o nome do país de origem nos tijolos vermelhos do portão de entrada do campo de concentração.
O tribunal de primeira instância de Oswiecim (nome polaco para Auschwitz) condenou-os em fevereiro a um ano de prisão com pena suspensa por destruição de “objetos de valor histórico”, uma pena confirmada hoje pelo tribunal de Cracóvia.
Todos os equipamentos de Auschwitz, incluindo a sua vedação e os objetos enterrados no solo, fazem parte do museu do antigo campo de extermínio nazi, classificado património mundial pela UNESCO.
Regularmente, o museu regista roubos de todo o tipo de objetos, como pedaços de arame farpado, por visitantes que querem levar uma recordação do campo.
O museu é visitado todos os anos por mais de um milhão de pessoas de todo o mundo.
O roubo mais célebre ocorreu em 2009, quando desapareceu a inscrição em ferro forjado com a frase “Arbeit macht frei” (O trabalho liberta), colocada no topo do portão principal do campo. A peça foi posteriormente recuperada e os responsáveis foram condenados a penas de prisão.
Entre 1940 e o início do ano de 1945, a Alemanha Nazi matou no campo de Auschwitz-Birkenau cerca de 1,1 milhões de pessoas, entre um milhão de judeus de diferentes países europeus.
Neste campo morreram também 80 mil polacos não judeus, 25 mil ciganos e 20 mil soldados soviéticos.
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