"Tenho a certeza que o mérito do engenheiro Guterres se impôs desde o primeiro momento e que a França reconheceu esse mérito. [Foi] na base desse mérito e da experiência que é muito significativa do engenheiro Guterres - não só como primeiro-ministro de um governo europeu mas como alto-comissário para os refugiados - que [ele] se impôs muito naturalmente e a França o apoiou desde o início", declarou o antigo representante permanente de Portugal junto das Nações Unidas.
José Filipe Moraes Cabral, que também foi presidente do Conselho de Segurança da ONU em novembro de 2011, participou, esta manhã, na abertura do 13.° Encontro das Associações Portuguesas de França, na Câmara Municipal de Paris, tendo terminado o seu discurso com "uma palavra de regozijo que contribui para o aumento da visibilidade de Portugal e para o aumento da imagem de Portugal por todo o mundo que é a eleição do engenheiro António Guterres".
Questionado sobre esse "aumento de visibilidade de Portugal", o embaixador respondeu à Lusa que "ter um cidadão português secretário-geral da mais importante organização mundial é algo que só por si deve ser assinalado" e que "isto reforça a imagem de Portugal".
"Aumenta a visibilidade do país. Ter um presidente da principal organização mundial obviamente tem reflexos positivos sobre a credibilidade do nosso próprio país e da nossa capacidade", sublinhou, acrescentando que "cada vez que se falar de um problema em sede das Nações Unidas" visto que "de maneira expressa ou implícita a nacionalidade do secretário-geral estará, mais se falará de Portugal no mundo".
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