A extensão de cerca de dois quilómetros de ciclovia liga a zona da Solum (Cidral) e o Alto de São João, prevista no Plano Ciclável de Coimbra, também aprovado hoje em reunião do executivo.
A proposta retoma o projeto da Estrada da Beira, “adaptando-o às novas políticas de mobilidade urbana”, criando uma ciclovia bidirecional, num projeto que prevê ainda o alargamento de passeios e criação de espaços de estadia e socialização, referiu a vereadora com os pelouros da mobilidade e urbanismo, Ana Bastos.
Sempre que possível, os passeios são separados da estrada por uma cortina arbórea ou de vegetação (prevê-se um aumento de 250% do coberto arbóreo face ao atual), alterando a Estrada da Beira, que “apresenta um ambiente rodoviário característico de uma estrada nacional”, para um perfil de “rua urbana”, esclareceu.
O estudo prévio perspetiva a adoção de medidas de acalmia de tráfego e redução de lugares de estacionamento.
O estudo prévio será agora sujeito a um período de discussão pública de 20 dias, seguindo-se posteriormente para a elaboração do projeto de execução, cuja empreitada estará depois dependente da abertura de candidaturas no âmbito do novo quadro comunitário, disse à agência Lusa Ana Bastos.
O Plano Ciclável de Coimbra, que tinha sido apresentado em 2023, foi também aprovado pelo executivo, contemplando um total de mais 209 quilómetros de novas ciclovias aos 26 quilómetros existentes, a maioria na zona ribeirinha do Mondego e voltados para a vertente de lazer e desporto, afirmou a vereadora.
O plano, com um prazo de execução de 15 anos, define agora uma rede interligada com vias que possam dar resposta direta “às deslocações pendulares”, entre casa e trabalho e entre casa e escola.
Segundo Ana Bastos, o plano poderá também ser uma peça “essencial para integração na planta de condicionantes, na revisão do PDM [Plano Diretor Municipal] em curso”.
Em fase de estudo prévio, está também a ligação entre a Solum e a ciclovia da avenida Cónego Urbano Duarte e a ciclovia do leito periférico direito.
A Câmara de Coimbra dá também nota de que há planos para a ligação entre Santa Clara e São Martinho do Bispo, duas travessias do Mondego (entre o Arnado e a avenida de Conímbriga e através da ponte Rainha Santa Isabel), o prolongamento da ciclovia da Estrada de Eiras até à Adémia e uma ciclovia entre a ponte-açude e Bencanta.
Já no centro da cidade, com uma malha urbana mais consolidada, o executivo pretende apostar na partilha da via com os automóveis, introduzindo limites de velocidade de 30 quilómetros por hora, referiu Ana Bastos, em declarações à Lusa.
Na reunião de hoje, o executivo aprovou também a abertura de concursos para as empreitadas de estabilização na encosta poente da Calçada de Santa Isabel e requalificação da Escola da Conchada, investindo 1,7 milhões de euros e 1,1 milhões, respetivamente.
No período antes da ordem do dia, o executivo aprovou, por unanimidade, uma moção apresentada pelo PS que defende a implementação de uma Rede Municipal de Desfibrilhação Automática Externa, que prevê a instalação de desfibrilhadores nas escolas, recintos desportivos e outros locais estratégicos da cidade.
A Câmara de Coimbra aprovou também a abertura de um novo concurso para a exploração espaço onde funcionava o bar “Cartola”, na Praça da República, no centro da cidade.
O procedimento prevê uma exploração por 15 anos, com um valor mínimo de licitação de dois mil euros e uma caução de 200 mil euros prestada pelo adjudicatário.
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