Francisco Guerreiro, único representante português no Grupo dos Verdes, obteve 99 pontos em 100 possíveis, anunciaram organizações ambientalistas portuguesas num comunicado no qual corrigem o grupo do Parlamento Europeu a que pertence o Bloco de Esquerda, que pertence ao grupo Esquerda e não ao grupo dos Verdes.
A análise que foi hoje divulgada indica que uma minoria dos eurodeputados agiu no mandato 2019-2024 para proteger o clima e a natureza e reduzir a poluição.
A análise é da responsabilidade de cinco organizações ambientalistas europeias: “BirdLife Europe”, “Climate Action Network Europe”, “European Environmental Bureau”, “Transport & Environment” e “Gabinete de Política Europeia da WWF”.
As cinco organizações colocam as forças políticas em três grupos, de acordo com as ações de proteção do clima: os protetores, os que mais protegeram; os procrastinadores, na posição intermédia; e os que menos apoiaram as ações relacionadas com o clima, os pensadores pré-históricos.
Os protetores foram os grupos Verdes|Aliança Livre Europeia (92 pontos em 100), a Esquerda (84 pontos) e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (70 pontos).
No grupo dos procrastinadores ficou o Renovar a Europa (56 pontos) e no grupo dos pensadores pré-históricos está o Partido Popular Europeu (25 pontos), os Conservadores e Reformistas Europeus (10 pontos) e o Identidade e Democracia (seis pontos em 100 possíveis).
Analisando os partidos portugueses, nos protetores estão o Bloco de Esquerda (grupo A Esquerda), que obteve 91 pontos, e o PS (grupo Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) com 79 pontos.
O PCP (A Esquerda) obteve 67 pontos e aparece como procrastinador, e o PSD e o CDS-PP, do Partido Popular Europeu, obtiveram respetivamente 27 e 20 pontos e fazem parte do grupo dos pensadores pré-históricos.
A análise dos dados indica que o Bloco de Esquerda e o PS estão acima da média europeia do seu grupo político, que o PCP surge muito abaixo da média do seu grupo político, e que nos pensadores pré-históricos, o PSD está dentro da média do seu grupo (ligeiramente acima) e o CDS-PP está abaixo.
Em Bruxelas, a bancada do PSD já rejeitou a análise.
Na correção sobre o grupo político a que pertence o Bloco de Esquerda, assinada pelas organizações ambientalistas portuguesas Geota, Spea, Quercus e Zero (que tinham divulgado o documento inicial), explica-se também que o eurodeputado Francisco Guerreiro não estava incluído no barómetro porque os coordenadores da iniciativa apresentaram informação sobre partidos e não sobre deputados independentes.
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