Segundo um comunicado, o abaixo-assinado apela “ao estabelecimento de um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel”.

Os 64 signatários sustentam a sua posição numa resolução da Organização das Nações Unidas, de 27 de outubro, sobre a proteção de civis e cumprimento das obrigações legais e humanitárias, no âmbito do conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas.

Entre os portugueses, para além dos eurodeputados comunistas João Pimenta Lopes e Sandra Pereira, subscrevem também Francisco Guerreiro (eleito pelo PAN e que passou a independente), Isabel Santos (PS), José Gusmão (BE), Marisa Matias (BE) e Sara Cerdas (PS).

O texto foi enviado à presidência semestral espanhola do Conselho da União Europeia, ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e à presidente do PE, Roberta Metsola.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que ameaça alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.500 mortos, na maioria civis, 29.800 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelos islamitas desde 2007.