Rocio Monasterio, líder do Vox em Madrid (Espanha), a primeira dos oito dirigentes de forças políticas da extrema-direita da Europa que falaram hoje à tarde aos mais de 600 congressistas do Chega, afirmou que estes partidos serão “os protagonistas e parte capital na mudança” de rumo, tanto nos seus países como na União Europeia.

Como “bandeiras” comuns, apontou “a defesa da soberania das nações, a força do amor à pátria, a defesa das fronteiras seguras, uma visão da Europa onde nações livres colaboram de forma voluntária” ou, ainda, “a proteção da família”.

O elogio ao crescimento do Chega em Portugal atravessou os discursos de Kinga Gál, vice-presidente do Fidesz, partido no poder na Hungria, feito por vídeo, Tino Chrupalla, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de Geert Wilders, do Partido da Liberdade (PVV), dos Países Baixos, de Tom Van Grieken, do Vlaams Belang (VB), da região belga da Flandres, de Boris Kollar, do movimento eslovaco Sme Rodina (Somos Família), também gravado em vídeo, e de Cláudiu Tarziu, da Aliança para a União dos Romenos (AUR).

Se este falou do “dever de combater o cancro marxista que se instalou na Comissão Europeia”, Geert Wilders invocou a tradição judaico-cristã da Europa, em contraponto à “barbárie islâmica”, pedindo à plateia para prometer que, da próxima vez que vier a Portugal, o Chega será “não só o maior partido”, como André Ventura, que definiu como “o melhor patriota” que o país “alguma vez teve", será primeiro-ministro.

A V Convenção do Chega decorreu de sexta-feira até hoje no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, com a reeleição de André Ventura como presidente do partido.

O encontro foi marcado na sequência do chumbo dos estatutos pelo Tribunal Constitucional, tendo o partido decidido regressar aos estatutos originais, de 2019, ajustando os seus órgãos, na eleição que decorreu durante a manhã de hoje.