“É mentira que custe 1.300 milhões [de euros] a recuperação do tempo de serviço. O senhor primeiro-ministro afirmou, mas não falou verdade, porque eu lembro que em 2017 só custava 600 milhões e ainda não tinham contado nenhum tempo de serviço, logo, se contaram dois anos, nove meses e 18 dias, já não custa 600 milhões”, sustentou.
Durante uma conferência de imprensa, que decorreu ao final do dia de hoje em Coimbra, o dirigente sindical vincou que os professores não “abrem mão” de reivindicar o tempo de serviço, uma vez que tal aconteceu com a restante administração pública.
“Ainda por cima, boa parte dos muitos milhares de colegas que tinham perdido tempo de serviço, entretanto, nestes cinco anos, aposentaram-se e foram substituídos por colegas mais novos, portanto, que têm escalões que não têm o mesmo custo”, argumentou.
De acordo com Mário Nogueira, o valor total de uma recuperação do tempo de serviço “integral e imediata”, andaria “na ordem dos 300 milhões” de euros, um valor “muito longe” daquele que é apresentado pelo Governo.
“As organizações sindicais, desde a primeira hora, que dizem estar conscientes do esforço financeiro que isso representa.
Estamos disponíveis para encontrarmos um faseamento que seja suportável desse ponto de vista”, referiu.
O secretário-geral da Fenprof estranhou ainda que o ministro da Educação tivesse dito que “estão a fazer contas para tentar perceber quais são os professores que podem recuperar mais e os que não recuperam tanto”.
“Nós não sabemos como é que se diz a dois professores que perderam o mesmo tempo de serviço: olha, tu vais recuperar e tu não ou tu vai recuperar mais e o outro menos. Se o Ministério quer instabilidade e lutas, está no bom caminho”, concluiu.
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