"De alerta é, mas de perigosidade para a saúde, não me parece que seja", afirmou hoje em conferência de imprensa o presidente do Conselho de Administração (CA) da ULS da Guarda.
Apesar da situação, Carlos Rodrigues adiantou que o CA tomou "todas as precauções possíveis" e pediu que a situação fosse examinada por duas empresas "para haver uma transparência completa".
O responsável explicou que logo que a situação foi conhecida, na sexta-feira, "por precaução", foi encerrado o serviço de TAC e foi pedido a duas empresas que medissem as radiações.
"Qualquer das empresas é unânime no alerta que junto ao vidro da observação [na janela de observação da sala de trabalho do técnico para a sala onde o doente está a realizar o exame] há, de facto ali uma radiação superior ao normal. Só aí, em mais nenhum local da sala", disse.
Referiu que para efeitos de saúde pressupõe que "não haja qualquer problema de impacto na saúde dos técnicos porque entre o vidro há uma mesa" e "em princípio, não haverá consequências gravosas".
Carlos Rodrigues disse ainda aos jornalistas que "tudo isto merece uma observação mais pormenorizada" e o CA da ULS deliberou "que fosse investigado o apuramento de possíveis responsabilidades de toda esta matéria".
Os técnicos têm dosímetros que regulam a radioatividade, mas na sexta-feira em face de uma técnica que anunciou a sua gravidez os colegas acautelaram a situação e fizeram um pequeno teste rudimentar com uma moeda e "na opinião deles dava uma dosagem de radiação superior àquilo que devia ser", contou.
No seguimento do alerta, o diretor clínico mandou encerrar temporariamente a sala, realizando-se apenas exames de TAC excecionais e todos os outros casos são efetuados numa unidade privada local, com quem a ULS/Guarda tem acordo.
Sobre a possibilidade de os técnicos do serviço realizarem exames de saúde, exceto a funcionária que está grávida, o presidente do CA da ULS acredita que "não há evidência de qualquer situação que afete a saúde", uma vez que naquele local [junto ao vidro] a radiação é apenas "um bocadinho acima do normal".
Foi pedido a uma empresa da especialidade que analise a situação e proponha a correção do problema detetado, vaticinando Carlos Rodrigues que "em breves dias" a situação esteja normalizada.
O aparelho de TAC está a funcionar desde 2014, altura em que o Hospital Sousa Martins ocupou novas instalações.
A ULS da Guarda integra dois hospitais (Hospital Sousa Martins - Guarda e Nossa Senhora de Assunção - Seia) e 13 centros de saúde e presta assistência a cerca de 150 mil habitantes.
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