Em declarações divulgadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, o ministro realçou que a falta de comunicações “agravará o desastre humanitário” para a população palestiniana da Faixa de Gaza.
Em particular, prosseguiu, vai afetar entidades como a Defesa Civil, o Crescente Vermelho e outras organizações palestinianas, “o que significa que muitas vidas serão perdidas”.
“Estas ações constituem uma violação do Direito Internacional”, destacou Sidr, que pediu “a todas as instituições internacionais, em particular à União Internacional das Telecomunicações, à Agência para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), ao Crescente Vermelho Árabe, à Cruz Vermelha, organizações de direitos humanos e organizações da sociedade civil que intervenham imediatamente para que entre combustível na Faixa de Gaza”.
O corte das comunicações também vai afetar o balanço de vítimas preparado diariamente pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que baseia as suas estimativas em informações recebidas pelos hospitais da Faixa de Gaza.
Em 07 de outubro, o Hamas — classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre e desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Este conflito provocou, pelo menos, 11.000 mortos na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.
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