Falando na apresentação dos veículos que irão reforçar a frota da empresa rodoviária Carris, que opera na zona de Lisboa, João Matos Fernandes afirmou que “estes 15 autocarros fazem parte dos 715 autocarros que estão a ser comprados no país todo”.
“Estamos a falar de um investimento de 220 milhões de euros, naquele que é o maior programa que conhecemos […] que está a ser feito nos países da União Europeia para aumentar e renovar a frota de autocarros, todos eles com elevada performance ambiental”, declarou o governante.
O ministro do Ambiente e Transição Energética destacou que “nenhum destes autocarros é a diesel”.
De acordo com Matos Fernandes, “estes 715 autocarros dividem-se em dois blocos dentro do POSEUR [Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos], que é o programa que os financia parcelarmente”.
“No primeiro aviso, há cerca de um ano e meio, 15% dos autocarros eram elétricos. No segundo aviso, que encerrou há menos de um mês, 41% dos autocarros são elétricos”, explicou, referindo que “nenhum é a diesel, os outros são a gás natural”.
A par deste investimento, o Governo vai aplicar 137 milhões de euros na “aquisição das novas composições para o metro de Lisboa e para o seu novo sistema de sinalização”.
Segundo o governante, o “concurso foi lançado”, existem “quatro concorrentes e está neste momento a decidir-se quais são os que passam à fase seguinte”.
João Pedro Matos Fernandes referiu também que o Metropolitano de Lisboa chegou a ter 30 comboios parados, mas neste momento tem oito, e por isso a capacidade de oferta da empresa “vai ser muito maior”.
Na apresentação, que decorreu na estação da Carris de Miraflores, concelho de Oeiras (distrito de Lisboa), Matos Fernandes firmou o compromisso de que em 2050 "o país será mesmo neutro em emissões carbónicas”.
“Vamos mesmo conseguir reduzir de seis para um, que é um desafio enorme, aquilo que são as emissões carbónicas do nosso país”, acrescentou, falando numa meta de diminuição de 98% de emissões por parte do setor dos transportes.
Para tal, “em 2050 toda a mobilidade terrestre será elétrica”.
Questionado sobre a redução tarifária que está previsto entrar em vigor em abril do próximo ano, o ministro salientou que é “para todo o país”, e explicou que “as duas áreas metropolitanas e cada uma das comunidades intermunicipais vai receber uma transferência de dinheiro do Orçamento do Estado, do qual 60%, no mínimo, tem de ser dedicado a reduzir o tarifário”.
“Estimo que as duas áreas metropolitanas até venham a utilizar 100% da verba transferida”, continuou, apontando que “nos sítios onde a oferta seja hoje menos robusta, os outros 40% podem ser utilizados no reforço dessa mesma oferta, na qualificação das paragens de autocarro, na sua extensão, no que entenderem”.
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