Assunção Cristas visitou hoje duas empresas da zona industrial de Oliveira de Frades que foram afetadas pelos incêndios florestais de outubro, nomeadamente a Sopil - Sociedade Produtora de Pintos SA e a Revilaf - Construção Civil e Revestimentos, Lda.
“Não é compreensível o tratamento diferenciado entre uma empresa do setor da construção, que tem um apoio de 85%, e uma empresa do setor primário, da produção de galinhas, que só tem um apoio de 50%”, afirmou aos jornalistas.
A líder do CDS-PP considerou que a situação ainda é pior quando se sabe que a Sopil “paga o mesmo tipo de IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] que os outros pavilhões industriais”.
“Para uns casos, este setor paga como se fosse indústria, para outros, para ter apoios do Estado, já vale como agricultura, e aqui por opção exclusiva deste Governo, porque poderia ter aprovado outro tipo de apoios”, criticou.
As chamas destruíram seis pavilhões da Sopil, tendo já sido recuperados dois deles.
Assunção Cristas frisou que “as pessoas perderam tudo com os incêndios” e “tiveram que começar a reconstruir com os seus recursos e com algum dinheiro que tinham de seguros”.
“O Governo, quando tem oportunidade de apoiar mais, escolhe não apoiar e nós achamos que isso é inadmissível”, lamentou, lembrando que o CDS-PP levou esta questão da desigualdade de apoios ao Parlamento, mas que a recomendação que foi aprovada “não foi seguida pelo Ministério da Agricultura”.
Nas visitas que tem feito às áreas ardidas, a líder do CDS-PP tem constatado que “há muita reconstrução em marcha, nomeadamente na área industrial, há muitas coisas que poderiam andar mais rápido se os apoios também viessem mais rápido e há outras questões que são de grande injustiça, como esta de tratar de maneira diferente o setor primário, a produção de aves”.
Assunção Cristas lembrou que esta atividade foi a base do tecido produtivo da região “e que permitiu que outro tipo de atividade económica se desenvolvesse”, lamentando que, neste momento, esteja “a ser tão pouco acarinhada” pelo Governo.
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