Depois de uma noite de sobressalto, António da Fonte foi surpreendido esta manhã pelos dois helicópteros que aproveitaram o seu tanque para abastecerem de água.
"Já vieram aqui por quatro vezes. É por uma boa causa. Ajudamos como pudemos", afirmou este residente no lugar de Minhava, freguesia de Adoufe.
Os meios aéreos estavam a despejar água num pinhal à frente da sua casa.
António da Fonte só quer que lhe deixem um pouco de água para estarem prevenidos no caso de o fogo se reacender ali perto.
Outeiro foi uma aldeia muito fustigada pelo incêndio na quarta-feira à noite. Margarida Silva recordou o grande susto que teve quando as chamas se aproximaram da sua casa.
Disse que passou a noite acordada, preocupada, temendo que o fogo voltasse.
"Aqui já está tudo queimado mas a mata ali em cima ainda pode arder", frisou. Por isso afirmou que, por aqui, vão ficar "todos alerta".
Em Testeira, foram também poucos os que conseguiram dormir. O fogo esteve lá perto na quarta-feira à tarde e durante a noite o fumo era muito intenso.
Um dos habitantes, que não se quis dar o nome, disse que foi uma noite de grande preocupação. Ainda há fumo pela serra, aqui e ali alguns focos de incêndio e este popular disse que a grande preocupação é o vento que pode reacender o fogo.
Pela serra do Alvão, estão espalhados 414 operacionais, apoiados por 124 viaturas e quatro meios aéreos.
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