"Após o fracasso da América em militarização e sanções, Washington e os seus aliados recorreram à política também fracassada da desestabilização", disse o gabinete do presidente iraniano que está na capital do Cazaquistão para a conferência CICA que reúne os líderes de países asiáticos, incluindo Vladimir Putin.

As autoridades iranianas intensificaram na terça-feira a repressão aos protestos, sobretudo nas regiões curdas no oeste do país.

A contestação pela morte da Mahsa Amini, em setembro, tem crescido de dia para dia. O número de mortos, avançado por organizações não-governamentais, chegou aos 108.

Os protestos atingiram importantes complexos de refinarias, uma indústria de extrema importância para o regime iraniano.

O Governo do Irão insiste que Amini não foi maltratada, mas a família diz que o corpo apresentava hematomas e outros sinais de espancamento. Vídeos subsequentes mostraram as forças de segurança a espancar e empurrar manifestantes, incluindo mulheres que arrancaram, também como forma de protesto, o véu obrigatório, ou `hijab`.

As manifestações representam um dos maiores desafios para a teocracia do Irão desde os protestos do Movimento Verde em 2009.

*com Lusa