“De acordo com a proposta, Israel continuará a insistir para que estas condições sejam satisfeitas antes de ser posto em prática um cessar-fogo permanente”, disse o gabinete de Netanyahu, citado pela agência francesa AFP.
O comunicado foi divulgado um dia depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter apresentado um roteiro israelita para um cessar-fogo, quase oito meses após o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano.
No plano militar, Israel tem como objetivos a eliminação completa das “capacidades militares e de governo do Hamas” no enclave palestiniano.
“A ideia de que Israel aceitará um cessar-fogo permanente antes de estas condições serem satisfeitas está condenada ao fracasso”, afirmou o gabinete de Netanyahu.
Biden anunciou uma proposta de trégua israelita em três fases, na qual os reféns israelitas seriam trocados por prisioneiros palestinianos, enquanto as tropas seriam gradualmente retiradas do enclave e seria posto em prática um plano de reconstrução.
O Governo de Netanyahu confirmou que autorizou os negociadores a apresentar um projeto de trégua ao Hamas para libertar os reféns, mas deixou claro que a guerra não terminará enquanto Israel não atingir os objetivos militares.
O Hamas disse encarar positivamente a proposta de tréguas em termos de um “cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros”, segundo a agência espanhola EFE.
O grupo extremista palestiniano assegurou estar disposto a negociar construtivamente qualquer plano que inclua estes pontos.
O Hamas insiste há dias que está disposto a chegar a um acordo para libertar reféns em troca de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, desde que Israel acabe com a guerra em Gaza.
O conflito em curso foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo Israel.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36.300 mortos, segundo as autoridades de saúde do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Comentários