Na terça-feira, o ex-secretário da Casa Civil, Vicenti Santini, foi exonerado do cargo e duramente criticado pelo chefe de Estado após o jornal O Globo noticiar que usou um avião da Força Aérea Brasileira para viajar de Davos, na Suíça, para a Índia, onde acompanhou uma visita oficial do Presidente brasileiro ao país asiático.
“Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx [Lorenzoni, ministro da Casa Civil]. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele”, afirmou Bolsonaro no regresso ao Brasil na terça-feira.
Para o Presidente, o uso do avião militar não foi um ato ilegal, mas algo “completamente imoral” devido ao custo deste tipo de viagem para o Estado brasileiro.
“Ministros antigos foram em aviões comerciais, classe económica. Eu mesmo já viajei no passado, não era Presidente, para a Ásia toda de comercial, classe económica, e não entendi”, frisou Jair Bolsonaro ao anunciar a primeira exoneração.
Menos de 24 horas depois, porém, Vicenti Santini foi nomeado novamente para ocupar outro cargo no Governo brasileiro, de assessor da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira e amplamente divulgada pelos ‘media’ locais.
Depois de fortes reações negativas, Jair Bolsonaro recuou e usou hoje as redes sociais para informar que vai “tornar sem efeito a admissão do servidor Santini”, o que na prática significa demitir novamente um funcionário que já tinha exonerado e publicamente criticado.
O chefe de Estado brasileiro também afirmou que vai exonerar o secretário interino da Casa Civil e transferir o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Ministério da Casa Civil para o Ministério da Economia.
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