Terminou a Jornada Mundial da Juventude de 2023, evento que se realizou em Lisboa. Na sexta-feira, foram 800 mil as pessoas que marcaram presença no Parque Eduardo VII para a Via-Sacra, na visita a Fátima estiveram presentes 200 mil e no sábado à noite, a Santa Sé estimou que 1,5 milhões de pessoas assistiram à vigília no Parque Tejo.

Durante os vários discursos que fez ao longo destes dia, o Papa Francisco reforçou a mensagem de que “a Igreja é para todos” e a necessidade de cuidar da “casa comum”, a Terra.

No dia final, fica a frase, com referência às ondas gigantes da Nazaré: “Existe a norte de Lisboa uma localidade – Nazaré – onde se podem admirar ondas que chegam aos 30 metros de altura, tornando-se uma atração mundial, especialmente para os surfistas que as cavalgam. (Continuem) a cavalgar as ondas da caridade (para serem) surfistas do amor.”

Para além do Papa, participaram muitos jovens. No Passeio Marítimo de Algés, a última paragem de Francisco antes do regresso ao Vaticano, Filipe, de 33 anos partilhou a sua experiência como voluntário.

“Toda a paróquia se envolveu durante este ano na preparação da Jornada. Os mais velhos rezaram muito para que o trabalho dos voluntários corresse da melhor forma possível (…). As crianças da catequese, por seu lado, foram conhecendo o que eram as Jornadas, foram participando na angariação de bens para a estadia dos peregrinos e sonham ainda mais pelo dia em que poderão estar numa JMJ no futuro”, relatou emocionado.

Apesar de ter sentido saudades de casa, a jovem alemã Chiara, de 18 anos, disse ao Papa que ter sido voluntária na Jornada proporcionou-lhe a “experiência única de que a fé compartilhada dá uma alegria incrível”.

“Seja no trabalho com os voluntários, nos encontros com os peregrinos ou na missa, pude sentir esta profunda alegria que até agora nada nem ninguém me pôde dar e que tenho procurado, às vezes conscientemente e às vezes inconscientemente, por vários anos”, afirmou.

Na Igreja Católica portuguesa as reações também foram positivas. Ninguém ficou para trás, como o SAPO24 reportou, e para o Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente "em tempos tão carecidos de acontecimentos assim, que reúnam a juventude mundial em torno de objetivos a que não podemos renunciar, como discípulos de Cristo e irmãos de todos os homens e mulheres desta casa comum, que tem de ser cada vez mais de todos para todos, muito obrigado, Santo Padre".

À chegada ao Parque Tejo, para a missa de encerramento, o chefe de Estado português, que acompanhou o Papa Francisco na JMJ, adiantou ter ficado surpreendido com o número de participantes, admitindo ser uma “loucura" e algo "irrepetível, nunca visto em Portugal”. O Presidente da República também anunciou a sua presença na Coreia do Sul, onde se realizam as próximas JMJ em 2027.

Por fim, relembrar o alerta da PSP para o dia de amanhã. O trânsito vai estar condicionado na zona envolvente do Passeio Marítimo de Algés, no concelho de Oeiras, onde vão decorrer diversos eventos ainda no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.