“O juiz aceita a suspensão provisória em relação à exigência do estado equatoriano de solicitar um passaporte para cidadãos venezuelanos”, pode ler-se na página oficial da rede social Twitter, do órgão público do Equador responsável pela proteção de direitos.
Devido à crise social e económica na Venezuela milhares de pessoas tentam sair do país para procurar refúgio, principalmente nos países próximos.
A Organização Internacional das Migrações (OIM) advertiu na sexta-feira que a fuga dos venezuelanos para os países vizinhos, assim como para os Estados Unidos, Canadá e Espanha, pode converter-se “rapidamente numa crise”.
O porta-voz da OIM disse que “o que é uma situação difícil pode converter-se rapidamente numa crise”, ainda que tenha sublinhado o “trabalho magnífico” dos países latino-americanos em receber os venezuelanos que abandonam o seu país.
“Vemos ondas de violência no Brasil (contra venezuelanos na cidade fronteiriça de Pacaraima) e as medidas restritivas de alguns governos (com a exigência de passaportes na entrada de Equador e Peru) como um primeiro alerta de que uma situação difícil pode converter-se numa situação de crise muito rapidamente e temos de estar preparados”, disse o porta-voz.
Segundo a OIM e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), cerca de 2,3 milhões de venezuelanos vivem atualmente fora do seu país.
Mais de 1,6 milhões saíram desde 2005 da Venezuela e 90% encontram-se em países da América Latina.
Desde 2015, cerca de 500.000 venezuelanos receberam algum tipo de estatuto de residência formal na América Latina, segundo a OIM.
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