O leilão estava programado para 9 de novembro, pela casa Tzolman em Jerusalém, que acrescentou ao seu catálogo oito dessas placas, que eram usadas para tatuar números nas pessoas presas no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no qual um milhão de judeus europeus e dezenas de milhares de outros prisioneiros foram mortos entre 1940 e 1945.

A casa de leilões descreveu estas placas "originais" como "os objetos mais chocantes do Holocausto", causando indignação em Israel.

Um grupo de organizações israelitas de ajuda aos sobreviventes do Holocausto apelou ao tribunal distrital de Tel Aviv para impedir a venda.

Nesta quarta-feira, o tribunal emitiu uma "medida cautelar", bloqueando a venda, e marcou a data de 16 de novembro para uma "audiência urgente" sobre o assunto.

"Estes objetos diabólicos não podem ter donos", defendeu o advogado do grupo, David Fohrer, acrescentando que "a sua venda é ilegal e mina a moral pública".

Para a presidente do grupo, Colette Avital, o lugar destas placas é num museu. "Estes objetos não devem ser comprados nem vendidos e certamente não devem ser propriedade privada", disse à AFP.

"Foram usados para crimes particularmente cruéis", para "transformar seres humanos em números", alegou.

Procurado pela AFP, o dono da casa de leilões, Meir Tzolman, não quis comentar o caso por enquanto.

Yad Vashem, a instituição israelita dedicada à memória das vítimas do Holocausto em Jerusalém, também se pronunciou, afirmando que esta venda é "moralmente inaceitável" e que os objetos deveriam ser devolvidos.