De acordo com informação publicada nos últimos dias no site da OMS, na Europa há todos os anos cerca de 10 a 15 pessoas infetadas com 'legionella' por milhão de habitantes, o que em Portugal daria 100 a 150 doentes num ano.
Estes são dados gerais e comuns a países da Europa, à Austrália e aos Estados Unidos.
Um surto de 'legionella' no hospital São Francisco de Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 34 pessoas e provocou dois mortos, mas ainda não está esclarecida a origem do foco de infeção.
Segundo a nota informativa publicada pela OMS, que nunca se refere à situação em Portugal, 75% a 80% dos casos de doença dos legionários ocorre em pessoas com mais de 50 anos, sendo que 60% a 70% são homens.
Entre os fatores de risco para contrair a infeção são designados pela OMS os hábitos tabágicos, doenças pulmonares pré-existentes, doenças respiratórias crónicas ou doentes imunodeprimidos.
Nos fatores de risco de infeção em meio hospitalar surgem o pós-operatório, intubação, presença de tubos nasogástricos e terapêutica respiratória.
“Os doentes mais suscetíveis são os imunocomprometidos, incluindo recetores de órgãos transplantados e doentes oncológicos e os que recebem tratamentos com corticosteroides”, refere a nota informativa da OMS.
A bactéria 'Legionella pneumophila' foi identificada pela primeira vez no mundo em 1977, durante um surto de pneumonia severa ocorrido um ano antes num congresso de veteranos da Legião Americana.
A doença dos legionários, como ficou conhecida da infeção, é uma forma de pneumonia grave causada pela 'legionella' que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.
A infeção pode ser contraída pela inalação da bactéria presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria.
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