Se esta tendência for confirmada, esta eleição pode obter um recorde de abstenção para a primeira volta das legislativas na França desde a instauração da Quinta República em 1958.
Segundo Frédéric Dabi, do instituto de pesquisa Ifop, estes números "não são uma surpresa" já que "há 20 anos que se observa uma queda da taxa de participação" nas eleições legislativas na França.
"Os eleitores têm a impressão que as cartas estão dadas depois das eleições presidenciais e perguntam-se para que serve ir votar", acrescentou Dabi.
O sistema eleitoral francês prevê uma segunda volta nas circunscrições em que nenhum candidato tenha conseguido 50% dos votos.
Para passar ao segundo turno deve-se obter 12,5% dos votos do total de inscritos em cada circunscrição.
Uma ampla vitória do movimento de Macron confirmaria a sede de renovação política dos franceses, depois de o presidente ter demonstrado o seu desejo de acabar com as divisões partidárias tradicionais ao formar um governo com figuras de direita, de esquerda e da sociedade civil.
Entre os 530 candidatos apresentados pela República em Marcha, só há 28 parlamentares em fim de mandato, e um bom número de cidadãos provenientes de diferentes setores, em consonância com a renovação política promovida por Macron.
Cerca de metade são mulheres, em respeito à paridade de género, e a idade média é de 48,5 anos.
A falta de notoriedade ou experiência entre os candidatos parece não ter afetado o jovem movimento, que beneficia da imagem positiva do presidente que começou o seu mandato com o pé direito no âmbito doméstico e internacional.
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