O autarca do município de Sucre, Carlos Ocariz, da oposição, revelou, através da rede social Twitter, que foram libertados Carlos Melo, dirigente do partido Avanzada Progresista, e Andrés Moreno e Marco Trejo, assessores políticos da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que junta a oposição.

O secretário da MUD, Jesús Torrealba, informou, por seu turno, que Ángel Coromoto Rodríguez, chefe de segurança do presidente do parlamento, e Andrés León, que estava em prisão domiciliária, também foram libertados.

O Governo e a oposição da Venezuela iniciaram no domingo conversações, mediadas pelo Vaticano e pela União de Nações Sul-americanas (Unasul) para tentar solucionar a crise política que o país atravessa.

Melo havia sido detido no final de agosto, na véspera de um protesto contra o Governo na capital, Caracas, por possuir artefactos explosivos, segundo a Procuradoria.

Moreno e Trejo foram detidos e acusados por “danificar a moral das Forças Armadas” ao produzir um vídeo financiado pelo partido Primero Justicia, do antigo candidato presidencial Henrique Capriles, num caso em que foram detidas outras duas pessoas, as quais continuam presas.

A MUD tinha denunciado que Ángel Coromoto Rodríguez, sexagenário, perdeu 40 quilos durante os meses em que esteve preso devido a uma doença, pelo que solicitaram uma medida humanitária a seu favor.

Andrés León, por seu lado, passou 414 dias na cadeia, até ser colocado em prisão domiciliária em junho do ano passado, após uma greve de fome.

No âmbito do diálogo formal encetado no domingo a oposição pediu ao Executivo “gestos de boa vontade” para continuar na mesa de conversações, incluindo a libertação de vários dos seus dirigentes.