A ministra Amber Rudd considerou totalmente inaceitável, este domingo, em entrevista à BBC, o facto de que as comunicações entre suspeitos de atos terroristas possam escapar dos serviços de inteligência porque estão encriptadas.

A ministra confirmou à Sky News que Khalid Masood, de 52 anos, que matou quatro pessoas no atentado em Westminster, utilizou o WhatsApp, propriedade do Facebook, um pouco antes do ataque.

"Temos de nos assegurar que empresas como WhatsApp - e há muitas outras como esta - não servem de esconderijo onde os terroristas podem comunicar entre si", afirmou, anunciando uma reunião na quinta-feira com vários dirigentes de empresas do setor para convencê-los a colaborar com as autoridades.

"Há investigações em curso sobre os terroristas, estas empresas devem estar ao nosso lado e vou tentar convencê-las", disse à Sky News a ministra.

Os investigadores acreditam que Masood é um lobo solitário, afirmou Rudd, assinalando, no entanto, que as investigações prosseguem.

Depois do atentado, que deixou dezenas feridos, além dos quatro mortos, a polícia deteve 11 pessoas suspeitas de participar na preparação do mesmo.

Mas apenas uma dessas pessoas continua em custódia este domingo, um homem de 58 anos, preso em Birmingham, centro de Inglaterra. As outras 10 pessoas foram colocadas em liberdade sem acusações, e uma mulher de 32 anos foi libertada sob fiança.

A investigação concentra-se agora em entender a motivação do autor do atentado e a preparação do ato.

"Queremos saber se agiu absolutamente sozinho, inspirado por propaganda terrorista, ou se recebeu ajuda de outros", explicou o comandante da unidade antiterrorista da Scotland Yard, Mark Rowley.

Masood tinha 52 anos e o seu verdadeiro nome era Adrian Russell Ajao.

O ataque de Londres aconteceu no dia em que os atentados que deixaram 32 mortos em Bruxelas completaram um ano.

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