“O desafio do nosso país é quando o mundo acelera, como é que nos vamos colocar perante isso. Como é que devemos aproveitar esta grande promessa das tecnologias digitais, para conseguirmos fazer de Portugal, no final desta década, um país mais desenvolvido, um país inclusivo, um país que não deixe espaços de território, gerações ou segmentos da nossa sociedade para trás. Mas, que pelo contrário, possa aproveitar isso mesmo para construir um futuro mais bem partilhado”, afirmou Siza Vieira.
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital falava em Castelo Branco, onde se deslocou para inaugurar o novo centro de engenharia da Axians, marca especializada em consultoria, design, integração e serviços digitais da VINCI Energies.
O governante sublinhou que a transição digital é mesmo um desafio estratégico para o país e o Plano de Ação para a Transição Digital assenta em três pilares: As pessoas, as empresas e a Administração Pública.
“Uma sociedade e uma economia digital precisa de ter cidadãos que estão preparados para viver nesta nova sociedade digital. Temos que olhar para a maneira como as nossas crianças e jovens adquirem hoje competências para, daqui a 20, 30 anos exercerem profissões que hoje nem sequer conseguimos imaginar”, frisou.
Contudo, adiantou também que é necessário olhar para a grande massa da população ativa, mais velha, que não nasceu neste mundo digital, mas que precisa de ser requalificada e adquirir competências e ter acesso à formação necessária para, nas empresas, na Administração Pública e nas várias organizações, poderem trabalhar bem.
“Se não fizermos isto com eficácia, podemos criar o risco de algumas destas pessoas ficarem para trás. Também precisamos de pensar que não há sociedade digital, não há economia digital, se todos os cidadãos não forem preparados para terem as competências básicas, para poderem aceder a serviços digitais”, sustentou.
Pedro Siza Vieira divulgou ainda alguns dados relativos ao país: “Em Portugal, 23% das pessoas nunca usou a Internet e mais de 50% das pessoas não têm mais do que competências básicas no domínio do digital”.
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