“Para o país é bom que o governo seja forte, mas também é muito bom que a oposição seja forte, agora quem vai liderar qualquer dos partidos no futuro é uma decisão dos partidos, a pior coisa que o Presidente da República pode fazer é estar a imiscuir-se na vida dos partidos, tem de ter uma posição arbitral”, afirmou aos jornalistas à margem da Cerimónia de Entrega do 18.º Prémio do Jovem Empreendedor, no Porto.
Marcelo Rebelo de Sousa reagia assim a uma notícia avançada hoje pelo jornal Expresso que refere que o Chefe de Estado acha um disparate discutir o comando da oposição antes das eleições legislativas.
“Marcelo Rebelo de Sousa acha um erro o PSD abrir uma guerra de sucessão antes das legislativas”, lê-se.
Reforçando que um Presidente da República não tem de promover, nem de travar líderes políticos, salientou que é “boa” a estabilidade política para o país neste momento.
E acrescentou: “isto significa que é bom que haja na área do governo uma estabilidade que permita aos portugueses acreditar que aquilo que lhes é prometido vai ser cumprido e é bom que haja da parte da oposição uma estabilização de propostas políticas”.
O Chefe de Estado, que esta tarde marcou presença em duas cerimónias de entregas de prémios, na cidade portuense, frisou que é “bom” para o país que, nos próximos tempos, haja sinais que permitam converter em crescimento económico aquilo que neste momento foi o cumprimento dos compromissos europeus, o rigor financeiro e a compensação dos setores sociais que haviam sido sacrificados.
“Temos de criar mais crescimento para que esta fórmula económica seja mais sustentável”, entendeu.
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