“Os principais esforços no ano passado concentraram-se na concretização dos objetivos da operação militar especial. O mais importante foi abortar a contraofensiva tão anunciada pela Ucrânia e pelos seus aliados da NATO. A missão foi cumprida com sucesso”, disse Shoigu, durante uma reunião com o Estado-Maior do Exército russo.
Segundo o ministro da Defesa russo, o fim da contraofensiva ucraniana deveu-se a vários fatores: “a criação de um sistema eficaz de fortificações, a elevada capacidade de combate de todas as unidades, a fiabilidade e eficácia do equipamento de guerra russo”.
Shoigu destacou que “os esforços conjuntos na retaguarda e na frente ajudaram as tropas russas a controlar a linha de confronto com o inimigo”.
“O Exército Russo ocupa constantemente posições cada vez mais vantajosas e expande o controlo de novos territórios em todos os setores da frente”, explicou Shoigu, defendendo que a Rússia “está a avançar consistentemente no sentido de alcançar os objetivos declarados para a operação militar especial” na Ucrânia.
Durante dois meses, as forças russas intensificaram consideravelmente as suas ações em vários setores da frente, especialmente na região de Donetsk, onde tentam cercar a cidade de Avdivka, e tomaram de assalto Marinka, ambos importantes redutos ucranianos.
As forças russas também fizeram avanços discretos na região de Kharkiv, numa tentativa de se aproximarem de Kupiansk, cidade da qual tinham sido forçadas a retirar-se em setembro de 2022.
A Ucrânia iniciou uma contraofensiva em junho, com o objetivo de empurrar as forças russas para sul e cortar a ponte terrestre que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada em 2014, mas os seus esforços foram frustrados devido à intensa resistência do Exército comandado por Moscovo.
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