“Dada a situação em evolução acelerada, estamos temporariamente a retirar um número limitado de funcionários do Reino Unido e os seus dependentes”, indicou o MNE britânico relativamente às embaixadas em Angola e Moçambique.
No entanto, vinca, as duas embaixadas vão continuar a fazer “trabalho essencial” e a dar assistência consular aos britânicos naqueles países.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que a propagação do novo coronavírus na região coloca Moçambique numa situação de risco iminente, alertando que a doença “não respeita fronteiras”, e decretou o encerramento de escolas e a suspensão de eventos sociais com mais de 50 pessoas.
Nyusi anunciou a suspensão da emissão de vistos de entrada em Moçambique e o cancelamento de “todos os já emitidos”, bem como o alargamento de quarentena domiciliária a todos os viajantes, não apenas àqueles oriundos de países com infeções ativas.
Em Angola, o Presidente decretou a suspensão de todos os voos comerciais e privados de passageiros de e para Angola e interditou a circulação de pessoas nas fronteiras terrestres, bem como a atracagem e desembarque de navios de passageiros e respetivas tripulações provenientes do exterior, em todos os portos nacionais, por 15 dias, a partir das 00:00 de sexta-feira.
Os passageiros que desembarcarem nos aeroportos angolanas até às 00:00 de sexta-feira terão de preencher um formulário para o controlo sanitário obrigatório e ficar em casa por um período de 14 dias.
O Reino Unido não tem representações diplomáticas próprias nos restantes países lusófonos, com exceção de Portugal, onde a declaração do estado de emergência fez o MNE britânico a urgir os britânicos que desejem regressar a fazê-lo “o mais rápido possível”.
Embora o Reino Unido (juntamente com o Canadá, Estados Unidos, Venezuela e África do Sul, e os países de língua oficial portuguesa) não tenha sido afetado pela suspensão de voos de fora da União Europeia, a maioria dos voos de ligação foram cancelados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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