“Trata-se de uma decisão soberana da Finlândia (…) Se a Finlândia decidir candidatar-se vai ser calorosamente acolhida no seio da NATO sendo que o processo de adesão vai decorrer de forma tranquila e rápida”, declarou Stoltenberg.

O chefe de Estado e a primeira-ministra da Finlândia mostraram-se hoje favoráveis quando à adesão “sem demora” do país à NATO, adiantando que a candidatura vai ser anunciada formalmente no próximo domingo.

“A Finlândia é um dos parceiros mais próximos da NATO; é uma democracia adulta, membro da União Europeia que contribui de forma importante à segurança euro-atlântica”, disse ainda Stoltenberg.

“Estou de acordo com o Presidente [Sauli] Niinistö e com a primeira-ministra [Sanna] Marin quando afirmam que a adesão à NATO reforça a segurança da Aliança Atlântica, assim como a da Finlândia”, acrescentou.

“A adesão da Finlândia demonstra que a ‘porta’ da NATO está aberta e que Finlândia decide o seu próprio futuro”, disse o secretário-geral da organização.

A integração da Finlândia na NATO “vai contribuir muito para a segurança europeia e vai ser um forte sinal de dissuasão numa altura em que a Rússia está em guerra contra a Ucrânia”, disse o presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no passado dia 24 de fevereiro, a Finlândia e a Suécia começaram a ponderar o abandono da neutralidade história e aderir formalmente à NATO.

A Finlândia como membro da NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.

Durante o período da Guerra Fria, a Finlândia ficou longe da NATO para evitar provocar a União Soviética, optando por permanecer como país neutral, mantendo boas relações com Moscovo e também com Washington.

A NATO considera que um ataque armado contra um ou contra vários dos membros na Europa e na América do Norte é considerado como um ataque dirigido contra todos os parceiros.

Hoje, a Rússia alertou que a ajuda militar ocidental à Ucrânia e os exercícios da NATO perto das fronteiras russas aumentam a probabilidade de um conflito direto e o risco de uma “guerra nuclear total”.

O alerta, feito pelo vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, surgiu no dia em que o Presidente e a primeira-ministra finlandeses divulgaram o apoio à adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Medvedev não mencionou a possibilidade de a Finlândia e a Suécia poderem aderir à NATO, mas acusou os países da Aliança Atlântica de estarem a aumentar o risco de uma guerra total com o apoio militar à Ucrânia na guerra com a Rússia.

“Os países da NATO a fornecer armas à Ucrânia, a treinar tropas para utilização de equipamento ocidental, a enviar mercenários e os exercícios por países da Aliança perto das nossas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e aberto entre a NATO e a Rússia, em vez da ‘guerra por procuração’ que estão a travar”, escreveu Medvedev na rede social Telegram.

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