Os homens faleceram na mina Pike River em novembro de 2010 numa explosão provocada pela acumulação de gás metano inflamável. Na altura, a mina da Ilha Sul foi selada pelo temor de novas explosões, o que enfureceu as famílias, que desejavam recuperar os corpos dos seus parentes.
Especialistas afirmavam que era muito perigoso entrar na mina, mas as famílias das vítimas argumentaram que era a única maneira de determinar a causa da explosão que matou 24 neozelandeses, dois australianos, dois britânicos e um sul-africano.
A controvérsia foi tão intensa que quando a primeira-ministra Jacinda Ardern foi eleita em 2017, sete anos depois do acidente, nomeou especificamente o ministro Andrew Little para supervisionar a reabertura da mina.
Little anunciou que o lacre do túnel de acesso à mina Pike River havia sido retirado.
"Hoje retornamos", disse o ministro, que descreveu a tragédia como a "consequência de uma falha empresarial e regulatória".
"A Nova Zelândia não é um país onde 29 pessoas podem morrer no trabalho sem que as contas sejam verdadeiramente prestadas (...) e é por isto que hoje cumprimos a nossa promessa".
O avanço na mina será lento porque os trabalhadores tentarão minimizar o risco de outra explosão de metano.
"O projeto de recuperação acontecerá de maneira profissional", disse o ministro. "O mais importante é que aconteça de maneira segura".
Uma investigação oficial em 2012 criticou as práticas de trabalho inseguras na mina e destacou que o local não deveria ser operacional. A polícia afirmou que não existiam provas suficientes para apresentar acusações por homicídio contra os diretores do local.
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