A chefe provincial da Frente de Restabelecimento de Contactos Familiares da Cruz Vermelha, Gloria Bonnin, confirmou à agência estatal Prensa Latina que há 19 pessoas desaparecidas, segundo a lista elaborada até agora.

O Ministério das Relações Exteriores de Espanha anunciou, por sua vez, que entre os mortos está uma turista espanhola e o noivo, também de nacionalidade espanhola, ficou gravemente ferido.

Ao longo da noite, os trabalhos de remoção de entulhos e de resgate continuaram no local do acidente, rodeadas por fortes medidas de segurança face ao risco de desprendimentos.

O Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que visitou o local logo após o ocorrido, destacou que foi um “infeliz acidente” e descartou totalmente que tenha sido uma “bomba” ou um “ataque”.

A explosão, ocorrida ao fim da manhã de sexta-feira, causou o desmoronamento de parte do edifício de sete andares e da fachada dos três primeiros andares, com toneladas de detritos a caírem no pavimento.

O acidente ocorreu minutos antes das 11:00, quando um autotanque de gás liquefeito abastecia um tanque do hotel. A tese mais provável é que a explosão foi devido a um vazamento.

A explosão provocou uma grande coluna de fumo branco, visível em grande parte de Havana.

Nos próximos dias vai ser realizada uma vistoria técnica ao edifício para decidir se pode ser recuperado ou se os danos estruturais justificam a demolição.

O ministro da Construção, René Mesa Villafaña, acredita na recuperação do edifício, mas reconheceu a necessidade de uma avaliação técnica.

O Saratoga está alojado num edifício de estilo neoclássico construído em 1880, que é um hotel desde 1911.

A última restauração ocorreu em 2005, segundo a imprensa oficial cubana.

Com cinco estrelas, o hotel é considerado um dos mais luxuosos da cidade, e localiza-se no Paseo del Prado, uma das principais avenidas de Havana Velha, no centro histórico da capital cubana.

EL // MSF

Lusa/Fim