"Não tarda que se perceba que a ministra das Finanças já sabia, que o primeiro-ministro de então não podia deixar de saber", afirmou Carlos César no final do debate quinzenal no parlamento, depois de apontar incoerências a Paulo Núncio, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, sobre o assunto, que acusou de aplicar uma "lei da rolha".
Foi a referência de Carlos César à polémica que já aqueceu o anterior debate quinzenal, dia em que o jornal Público noticiou que 10 mil milhões de euros saíram do país para ‘offshore' sem controlo da autoridade tributária, transferências que não foram publicitadas como previsto na lei.
Aliás, Carlos César atacou também o PSD e o ex-Governo no caso BES e nos alegados atrasos com que Banco de Portugal (BdP) reagiu antes de criar o Novo Banco, em 2014.
Para o líder parlamentar socialista, "a falha da regulação é também uma falha de governação" do PSD e do CDS, quando estavam no executivo.
O BdP, insistiu, "não agiu a tempo, tal como o Governo anterior".
A poucos metros da bancada do PS, estavam sentados Maria Luís Albuquerque e Pedro Passos Coelho, visados no discurso de Carlos César, que nada disseram, nem em apartes.
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