Em comunicado, o PAN adiantou querer saber que medidas estão previstas para assegurar o bom funcionamento e a saúde dos idosos e funcionários da instituição, no distrito do Porto.
Adicionalmente, o partido questiona que apoio está a ser assegurado em relação ao pedido de recursos humanos necessários ao funcionamento do lar, assim como se está a ser garantida a prestação de informação aos familiares dos utentes.
Na nota, o PAN recordou que, desde o início da pandemia, tem alertado para a necessidade de um "maior e constante" apoio às instituições que têm idosos, franja da população mais vulnerável ao vírus, assim como a monitorização destas instituições por parte da Direção-Geral da Saúde (DGS).
No entender do partido, uma vez que em Portugal se encontram em lares cerca de 78 mil idosos, distribuídos por 2.746 lares, o Governo deveria ter preparado, logo desde o início do surto epidemiológico, um plano específico para esta faixa etária.
"Uma questão que nos traz muita preocupação é a realidade que estas instituições de acolhimento têm vivido. Sabemos que a prevenção e a rápida atuação são fatores chave no combate à covid-19 e que a melhor resposta nesta matéria é a existência de redes de vigilância epidemiológica reforçadas, disponíveis, articuladas e tecnologicamente equipadas", referiu a deputada Bebiana Cunha, citada no comunicado.
Para tal, acrescentou, são necessários mais recursos humanos e meios técnicos capazes de contínua avaliação, rastreamento e rápida deteção, apoio na definição de medidas de isolamento e monitorização.
O PAN considera ainda que o acolhimento nestes equipamentos tem que assegurar o bem-estar físico e emocional destes idosos, não podendo a covid-19 tornar-se um fator de exclusão e ausência de comunicação entre estas pessoas e seus familiares.
No início de junho, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que a situação no Lar do Comércio estava "controlada".
O Ministério Público instaurou um inquérito à atuação do lar, que teve de ser evacuado para desinfeção, obrigando à transferência de utentes para outras três instalações.
Também um familiar de uma utente que morreu com covid-19 apresentou queixa contra a instituição, por alegada prática de vários crimes, e requereu a suspensão de funções dos órgãos sociais.
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