Naquela que será a sua terceira viagem deste ano, depois da pandemia de covid-19 ter condicionado fortemente as deslocações do pontífice durante o ano de 2020, Francisco irá visitar primeiro o Chipre, permanecendo dois dias na cidade de Lamarca, a terceira mais importante do país.
Posteriormente, numa viagem marcada pela questão migratória, o pontífice visitará Atenas e no domingo, 05 de dezembro, estará na ilha de Lesbos, que já visitou em 16 de abril de 2016.
Na altura, o Papa estava acompanhado pelo patriarca ecuménico Bartolomeu I e pelo arcebispo ortodoxo de Atenas e de toda a Grécia, Ieronymos, e surpreendeu o mundo ao embarcar no seu avião e levar do campo de migrantes de Karatepe para Roma três famílias, num total de 12 pessoas, incluindo seis crianças.
Em meados de outubro, uma delegação do Vaticano visitou o campo de migrantes de Mavrovouni, na ilha de Lesbos, para planear a viagem do Papa, tendo o arcebispo Joseph Printezis afirmado então que Francisco pretendia “fazer uma declaração humanitária e mostrar que a Igreja e todos os povos da Europa se preocupam com os refugiados e que o peso suportado [na questão do acolhimento de migrantes] pela Grécia deve ser reconhecido por todos os países europeus”.
Estas deslocações encerrarão a lista de viagens previstas do Papa para este ano, depois de ter estado no Iraque em março e em Budapeste (Hungria) e Eslováquia em setembro.
Bento XVI foi o primeiro Papa a visitar o Chipre, em 2010, um país de maioria grega ortodoxa e com uma pequena comunidade católica que não chega a 3.000 pessoas, enquanto João Paulo II viajou para a Grécia em 2001.
No próximo ano, a primeira viagem do Papa será à região da Oceânia, referiu Francisco numa entrevista à agência de notícias argentina Telam, sem, no entanto, especificar o país que irá visitar.
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