Em declarações à agência noticiosa Efe, o ministro do Interior da província de Baluchistão, onde ocorreu o ataque, indicou que foram decretados dois dias de luta pelo atentado na zona de Mastung.
“O ataque contra a manifestação foi uma tentativa de sabotar o processo eleitoral, mas o Governo está totalmente comprometido em realizar as eleições”, disse Agha Umar Bangulzai.
Pelo menos 128 pessoas morreram neste ataque, entretanto já reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, registando-se ainda 122 feridos, segundo o balanço mais recente.
Agha Umar Bangulzai adiantou que já começaram a realizar-se as cerimónias fúnebres, enquanto os feridos continuam a ser tratados no hospital.
Já o responsável da polícia de Mastung, Qaim Lashari, disse à Efe que todos os espaços comerciais e lojas fecharam hoje.
O ataque teve como alvo um comício do dirigente político Mir Siraj Raisani, que morreu.
Um suicida detonou as bombas que tinha consigo no final do evento, que decorreu num mercado de Mastung, na província do Baluchistão.
“O atacante estava sentado entre as pessoas que participaram no evento e explodiu as bombas que carregava no final do evento”, disse o porta-voz da polícia de Mastung, Sana Ullah.
Muitos dos feridos foram transferidos para vários hospitais na capital da província, Quetta, localizada a cerca de 35 quilómetros do local onde ocorreu o ataque.
Na capital, os serviços de saúde estão em “estado de emergência”, disse Muhammed Ramzan, porta-voz da polícia provincial em Quetta.
Este ataque foi o segundo ocorrido na sexta-feira durante um comício eleitoral no Paquistão, onde as eleições legislativas serão realizadas a 25 de julho sob um clima tenso.
Antes, uma bomba escondida numa mota explodiu perto de Bannu (noroeste), durante a passagem do comboio de outro candidato às eleições, matando quatro pessoas e ferindo outras 40, anunciou a polícia.
O candidato visado, Akram Khan Durrani, representante de uma coligação de partidos religiosos (MMA), sobreviveu ao ataque.
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