
"O primeiro-ministro não respondeu a perguntas, vitimizou-se e acusou toda a gente", começa Pedro Nuno Santos, dirigindo-se aos jornalistas, e assumindo uma posição que mais uma vez defende a demissão do primeiro-ministro. Acredita que Luís Montenegro "foi prepotente e irresponsável. Não respeitou as regras mais básicas da democracia", por "fugir às suas responsabilidades" e não responder aos meios de comunicação.
O principal líder da oposição comenta também que o PS "chumbará a moção de confiança", como o fez antes, e exige que os portugueses sejam esclarecidos. "O estrago está feito e quebrou-se uma relação de confiança com o povo português", continua.
Contrariando o que Luís Montenegro referiu na comunicação que fez no início da noite, Pedro Nuno Santos diz quo "o primeiro-ministro não esteve em exclusividade nos últimos meses, por continuar a receber avenças", permitindo-lhe continuar a exercer funções de liderança no Partido Social-Democrata e no país. "Prefere jogos políticos e convocar uma crise", comenta Pedro Nuno Santos.
Além disso, critica o discurso desta noite, "não é claro, não revela coragem, e pretende transferir para outros uma responsabilidade que é só sua". O secretário-geral do PS lembra ainda que "não sabíamos que o primeiro-ministro era empresário", e acha injustificável que Montenegro "não dê explicações sobre este caso e continue sem responder aos jornalistas, como o fez antes".
Refere ainda a oportunidade aproveitada por Montenegro "para fazer propaganda ao seu Governo", que "não foi capaz de dizer aos portugueses a verdadeira situação do país e admitir os erros dos últimos meses". Critica Luis Montenegro por "não ter coragem de assumir as consequências deste caso" e enfrentar se está ou não capaz de governar o país.
Caso fique sujeite à decisão da Assembleia, ao PS junta-se o Livre, o Bloco de Esquerda, o PCP, o Iniciativa Liberal e o Chega, nos partidos que não viabilizam a moção de confiança, e o país vai a eleições.
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