"O Ministério Público, no momento em que teve conhecimento do incêndio de Pedrógão Grande e suas consequências, instaurou inquérito nos termos legais, sendo as investigações desde logo iniciadas em estreita colaboração com a Polícia Judiciária (PJ) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) e o apoio do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) e das demais instituições envolvidas", pode ler-se no comunicado da Procuradoria-geral da República enviado hoje às redações.
Na nota é explicado que num primeiro inquérito aberto pelo Ministério Público no momento imediato ao incêndio de Pedrógão Grande, foram identificadas 64 vítimas mortais.
“Foi ainda instaurado um outro inquérito com vista à investigação das circunstâncias que rodearam a morte de mais uma vítima no âmbito de um acidente de viação”, acrescenta a nota.
No comunicado é ainda esclarecido que "ambos os inquéritos correm termos no DIAP de Leiria, sob a direção articulada da Procuradora da República que coordena aquele Departamento do Ministério Público".
A mesma nota termina dizendo que "todos os elementos ora vindos a público, designadamente através da comunicação social, serão objeto de análise e investigação", apelando, o Ministério Público a que todos os que tenham conhecimento de quaisquer factos relacionados com os incêndios de Pedrógão Grande" o relatem junto dessa mesma instituição.
Na edição de hoje, o jornal I publica uma lista com 73 nomes que o jornal diz terem sido mortos confirmados da tragédia. Desta lista, elaborada por uma empresária para a realização de um memorial às vítimas, fazem parte 38 nomes de pessoas que morreram na Estrada Nacional 236.1, encurraladas pelos incêndios.
Já no fim de semana, o jornal Expresso referia que o número final de mortos, divulgado pelas autoridades, excluía pelo menos um caso: de uma senhora que morreu atropelava quando fugia às chamas.
Questionada pelos jornalistas sobre eventuais novas falhas do sistema de comunicações SIRESP no fogo da Sertã, Patricia Gaspar disse desconhecer a ocorrência de qualquer falha.
O Correio da Manhã escreve hoje que os comandantes das operações “pediram um reforço de sinal e foi acionado o carro satélite”.
O incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, segundo as autoridades pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
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