Em comunicado, aquela força policial cabo-verdiana informou que a apreensão aconteceu em 24 de maio, no armazém da Enapor, em Achada Grande Trás, na Praia, no ato de inspeção da encomenda que chegou de Portugal.
Segundo a mesma fonte, as munições de carabina de caça, são normalmente utilizadas em armas de fabrico artesanal, as denominadas “boca bedjo”.
A PN adiantou que os projéteis foram encontrados dissimulados no interior de um volume de pequena encomenda, no meio de vários outros artigos.
Na sequência da operação, a PN indicou que duas pessoas (um homem e uma mulher) foram detidas e foi-lhes aplicada uma multa pelo Ministério Público.
Em março, as autoridades cabo-verdianas anunciaram a intenção de reforçar o combate à posse ilegal de armas, nomeadamente de fabrico artesanal, depois de em 2022 a Polícia Nacional ter apreendido 478 destas armas, mais 31% face a 2021.
De acordo com os dados apresentados pelo diretor nacional da Polícia Nacional, Emanuel Moreno, a força apreendeu 478 armas artesanais em Cabo Verde durante 2022, um aumento de 31% face a 2021, 186 armas convencionais, mais 12%, e 8.998 munições, um crescimento de 65% face ao ano anterior.
Em janeiro, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, garantiu a continuação e reforço das operações especiais na cidade da Praia e disse que a luta contra a criminalidade na capital do país “é para ganhar”.
Numa altura em que se registam vários casos de crimes contra pessoas na capital do país, o chefe do Governo a grande preocupação é a circulação de armas e munições.
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