Com este novo compromisso com a ACNUR, os 1.010 refugiados em Portugal juntar-se-ão aos 1.700 que já se encontram no país, estes últimos ao abrigo do Programa de Recolocação da União Europeia.

A secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Rosa Monteiro, sublinhou à agência Lusa que o compromisso para receber 1.010 refugiados a partir deste ano "decorre da boa experiência de bom acolhimento e de integração que Portugal vem desenvolvendo".

A membro do Governo salientou que, para o reforço do acolhimento de refugiados, manter-se-á "a mesma lógica descentralizada, a mesma estrutura de trabalho com a sociedade civil".

Este programa da ACNUR prevê a colocação em países europeus de 50 mil refugiados até ao final do próximo ano e é um plano que sucede ao Programa de Recolocação da UE para dar resposta ao fluxo de migrantes que chegam à Europa.

Rosa Monteiro falou à Lusa no decorrer na sessão de lançamento da publicação "Abordando o Deslocamento Forçado através do Planeamento e Cooperação de Desenvolvimento: Orientação para Decisores Políticos e Profissionais", organizada pelo Alto Comissariado para as Migrações e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no Auditório do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes, em Lisboa.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, e o diretor da direção de Cooperação e Desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva, intervieram na abertura.

O relatório da OCDE foi apresentado num debate moderado pelo Alto Comissário das Migrações, Pedro Calado, com comentários do presidente da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, Jorge Sampaio, e do coordenador da Plataforma de Apoipo aos Refugiados, Rui Marques.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, encerrou a sessão.


Notícia atualizada às 20:34