“Quero manifestar, diante do representante do papa Francisco, como fiz há dias em Roma, o meu agradecimento e o meu compromisso absoluto como Presidente da República e líder do Movimento Bolivariano e Revolucionário da Venezuela para com este processo de diálogo”, afirmou, no início das conversações.
Maduro disse que participa no diálogo disposto a “ouvir e, oxalá, ser ouvido” para “procurar pontos de encontro em função dos interesses das grandes maiorias”.
O Presidente venezuelano assinalou ainda que, a seu ver, “o diálogo não tem alternativas”.
“Não há alternativa para a palavra e ao encontro para a procura do interesse comum do país”, afirmou.
Neste sentido, instou as delegações a serem “otimistas quando se trata de paz”, sublinhando que o início das conversações com a aliança da oposição MUD (Mesa da Unidade Democrática) é “a oportunidade para desarmar o ódio, a intolerância”.
As conversações, que começaram na noite de domingo, continuaram em privado após as palavras de Maduro.
O encontro de domingo constitui o resultado de uma série de esforços exploratórios iniciados pela União de Nações Sul-americanas (Unasul) em meados de maio e concretizadas na segunda-feira com a intermediação da Igreja Católica.
O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, e o prelado italiano Claudio María Celli, em representação do Vaticano, também participam no encontro.
A Venezuela vive uma crise económica e política desde 2014.
Desde a morte do antigo Presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2013, que a agitação tem vindo a crescer no país e confrontos entre Governo e oposição já provocaram vários mortos.
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