“Decidi hoje apresentar minha demissão, depois de um ano e um mês em que a Roménia enfrentou um período extremamente difícil”, disse Orban, 24 horas depois de conhecer o mau resultado do seu Partido Nacional Liberal (PNL) e referindo-se aos problemas gerados pela pandemia.

Apesar da derrota eleitoral do PNL e da demissão de Orban, os liberais pró-europeus devem permanecer no poder, aliando-se a partidos menores.

O PNL de Orban tinha intenções de voto de 45% nas sondagens em janeiro, que foi diluída até cair para os 25% de votos obtidos nas urnas, este domingo, atrás dos 30% de votos do Partido Social Democrata, e à frente da aliança centrista USR PLUS.

Orban governava desde novembro do ano passado, quando chegou ao poder depois de derrubar o Governo social-democrata anterior, através de uma moção de censura, usando como bandeira política o objetivo de reduzir o défice de 4,6% com que a Roménia fechou 2019, mas a crise da sanitária arruinou as suas aspirações e condenou a Roménia a uma profunda crise económica.

O Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, próximo de Orban, já anunciou que nomeará um primeiro-ministro de centro-direita para formar um Governo de coligação entre o PNL, o USR PLUS e outras formações menores de centro-direita.

Pouco antes da demissão de Orban, o USR PLUS tinha pedido a “cabeça” do primeiro-ministro como condição para entrar no Governo.

Iohannis vai decidir a quem confia a formação do Governo depois de se encontrar com os partidos, nos próximos dias, mas já afastou a possibilidade de o próximo primeiro-ministro, que precisa de se submeter à confiança do Parlamento, ser um social-democrata, apesar da vitória nas eleições desse partido.