Num comunicado enviado à Lusa, o PSD refere que o "autarca mentiu" quando disse que Rui Rio (ex-presidente da câmara) e o PSD são responsáveis pelas indemnizações pagas para evitar as construções no Parque da Cidade.
No documento, os sociais-democratas sublinham ainda que o Porto sabe que Nuno Cardoso, que liderou o município entre 1999 e 2002 pelo PS e candidato independente em 2013, autorizou essas construções, apesar de a cidade e o seu sucessor (Rui Rio) serem contra.
“Na sua ânsia de desresponsabilizar Nuno Cardoso, Rui Moreira procura branquear o comportamento de um autarca condenado a pena de prisão pelos tribunais”, adianta o comunicado.
O PSD prossegue dizendo que "Rui Moreira mentiu” ao afirmar não gostar das construções na escarpa da Arrábida, depois de nada ter feito para as evitar e permitir a “facilitação e aceleração” dos processos de licenciamento para que as construções se tornassem “irreversíveis”.
“Rui Moreira também mente quando diz que o valor gasto em indemnizações fez falta na construção de habitação social. A aposta do PSD foi na reabilitação da habitação social com mais de 160 milhões de euros investidos e 13 bairros sociais reabilitados”, frisa.
Por fim, a Concelhia do Porto do PSD realça que o "independente mente" quando, para não responder à carta aberta do PSD, diz que a mesma foi primeira enviada para a comunicação social.
“Ao contrário dos pedidos de reunião da câmara de Rui Moreira à Direção Regional de Cultura do Norte que, em pleno século XXI estranha e misteriosamente se perdem e ficam sem seguimento, a carta aberta do PSD seguiu por ‘e-mail’, havendo registo desse envio”, sustenta o comunicado.
Moreira “pensa que pode condicionar” o PSD/Porto na questão das construções da Arrábida, vincou o partido, acrescentando nunca ter tido um “presidente de câmara com interesses imobiliários na cidade”.
“Ao contrário de alguns que parecem muito nervosos, eventualmente porque interesses que não o interesse público estão a ser denunciados, no PSD/Porto estamos muito tranquilos e, nesta fase, acreditamos e vamos lutar para que terrenos de que privados indevidamente se apropriaram voltem a ser da titularidade da câmara e do Estado”, garante.
A Lusa tentou obter uma reação da Câmara Municipal do Porto, mas sem sucesso.
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